Disciplina - detalhe

LCF1680 - Manejo e Regeneração de Povoamentos Florestais


Disciplina de Graduação

Objetivo
Avaliar a capacidade produtiva das principais espécies florestais em função do meio onde está estabelecida a floresta. Uso múltiplo. -Estudar os diferentes métodos de condução da floresta, implantada ou artificial, de acordo com a finalidade e visando maximizar a produtividade e a rentabilidade. - Determinação do sistema mais econômico de desrama e de desbaste aplicável à floresta e que possibilite o máximo de qualidade e utilização da madeira. Determinação do momento ideal de corte, do método mais interessante de exploração e do sistema de regeneração visando rendimento sustentado. - Estudo de técnicas de prevenção e combate aos incêndios florestais.

Programa resumido
Discute, a partir da floresta já formada, todas as técnicas de condução, utilização e regeneração da floresta. Baseia-se nos princípios do uso múltiplo da floresta, através da diversificação de produtos e benefícios, e no rendimento sustentado de madeira e outros produtos para o atendimento contínuo do mercado consumidor. Planos de manejo em rotações curtas, para produção de madeira fina e, em rotações longas, para produção de madeira grossa para usos mais nobres e outros benefícios da floresta. Técnicas de combate aos incêndios. Serão realizadas duas visitas técnicas, uma a empresa do setor florestal que conduz seus povoamentos para ciclo em ciclo curto de produção e destina a matéria prima para produção de celulose e papel ou para carvão e uma visita técnica a um produtor rural que maneja o povoamento em ciclo de longa rotação, com a finalidade de obter mafeira para uso em serrarias, laminação, etc. Os informações obtidas durante as visitas serão utilizadas como base para elaboração do projeto técnico que será desenvolvido ao longo do semestre e apresentado como uma das etapas de avaliação de rendimento.

Programa
1. Manejo Florestal - conceito, objetivos, avaliação da possibilidade de produção e índice de qualidade de um determinado meio. Uso múltiplo e rendimento sustentado. Planos de manejo. 2. Modelos de Crescimento e Produção Florestal: Índice de sítio: método da curva guia e método das equações da diferença; Modelos de crescimento e produção no nível de povoamento: modelos estáticos e modelos dinâmicos, método das equações da diferença. 3.Desrama natural e artificial : fatores que a regulam. Forma da árvore, qualidade da madeira, métodos de desrama artificial, programação e execução. 4. Desbastes - conceitos: objetivos, métodos, efeitos e exeqüibilidade. Intensidade e freqüência dos desbastes. Ferramentas, programação, execução e custos dos desbastes. Estagnação do crescimento e determinação da necessidade dos desbastes. Idade do povoamento, dimensões das árvores e qualidade e aplicação da madeira resultante do desbastes. 5. Programação e execução dos desbastes. Aplicação em povoamentos artificiais. Vantagens e desvantagens da rotação longa. 6. Sistemas de manejo, exploração e regeneração para as grandes culturas florestais em conformidade com a finalidade da cultura. Rotação curta e longa. 7. Exploração: cálculo da possibilidade, ordenamento, planejamento e execução, obedecendo ao princípio de rendimento sustentado. Corte raso: condições para a sua aplicação, época e altura de corte, vantagens e desvantagens. 8. Condução de regeneração natural por brotação de touças: fatores que afetam, desbrota, adubação, controle da formiga cortadeira. Interplantio. 9.Reforma de povoamentos florestais : decisão econômica, substituição do material genético, preparo do solo, re-alinhamento, retalhonamento, plantio, tratos culturais, reposição da fertilidade. 10. Uso de fogo controlado. Prevenção e combate a incêndio. 11. Trabalhos extra-classes de inventário, implantação e manejo florestal, 12. Os alunos terão a possibilidade de obter informações sobre diferentes métodos de regeneração do gênero Eucalyptus, efeito da colheita florestais sobre a condução de brotação de Eucalyptus, estratégia de prevenção, monitoramente e controle de incêndios florestais, assim como das técnicas utilizadas para melhoria da qualidade e rendimento da madeira para serraria, entre elas as operações de desrama e desbaste em culturas como Pinus sp, Khaya ivorensis e/ou Khaya senegalensis, etc. Essas atividades serão desenvolvidas em duas viagens técnicas realizadas em áreas de empresas florestal e produtores produtor rural que cultiva espécies florestais.

Bibliografia
ALVES,A.A.M. Técnicas de produção florestal. Lisboa, INIC, 1988. 333p.
CARVALHO,P.E.R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais e potencialidades e uso da madeira. Colombo, EMBRAPA/CNPF, 1994. 640p.
ELDRIDGE,K. et al. Eucalypt domestication and breeding. Oxford, Clarendon Press, 1994. 288p.
EMBRAPA/CNPF Zoneamento ecológico para plantios florestais no Estado do Paraná. Brasília, EMBRAPA-DDT, 1986. 89p. (EMBRAPA, CNPF, Documentos, 17)
EVANS,J. Plantation forestry in the tropics. Oxford, Clarendon Press, 1992. 403p.
FINGER,C.A.G. Fundamentos de biometria florestal. Santa Maria, UFSM, 1992. 269p.
GADANHA Jr,C.D. Máquinas e implementos agrícolas do Brasil. São Paulo, NSI/ CIENTEC/ IPT, 1991. 468p.
GOLFARI,L. Zoneamento ecológico do Estado de Minas Gerais para reflorestamento. Belo Horizonte, PFRC, 1975. 65p. (PRODEPEF, Série Técnica , 3)
GOLFARI,L. Zoneamento ecológico esquemático para reflorestamento no Brasil. Belo Horizonte, PFRC, 1978. 66p. (PRODEPEF, Série Técnica , 11)
LAMPRECHT,H. Silvicultura nos trópicos. Eschborn, GTZ, 1990. 343p.
LIMA,W.P. Impacto ambiental do eucalipto. São Paulo, EDUSP, 1993. 301p.
MATTHEWS,J.D. Silvicultural systems. Oxford, Clarendon Press, 1994. 283p.
PANCEL,L.Tropical forestry handbook. New York,Springer-Verlag, 1993. 1738p. V1/V2
SCHNEIDER,P.R. Introdução ao manejo florestal. Santa Maria, UFSM, 1993. 348p.
SIMÕES,J.W. Formação, manejo e exploração de florestas com espécies de rápido crescimento. IBDF, Brasília, 1981. 131p.